por Cuca Linhares
Inútil. Aquele um pardieiro que
nós muitos ainda chamamos de parlamento ofereceu no ontem mais uma ruinosa
sessão do circo grotesco da política.
Em rede nacional, metade dos sujeitosos
deputados desafinaram a voz na vergonha nenhuma para tirar da guilhotina o
pescoço do rei nu. Temer foi salvo.
Vou dizer um trem: nesse um
contexto das nenhumas esperanças, nem não foi dos piores resultados. Mas na rapidez
desse ensaio achista, não boto ousadias de análise funda. Deixo a tarefa explicosa
para um Nobre colega apontar seus Marcos. Nessa uma entrevista para a BBC, ele
faz pintura brilhosa de cenários desdobrantes. Leiam na cuidosa atenção pois
vale a pena toda no tim-tim por tim-tim.
Meu propósito aqui é menoscrito
no óbvio. Botar claro no definitivo que a empreitada derrubosa da presidenta Dilma nunca teve nada a ver com luta contra a corrupção. Pois era exatamente o contrário.
No agá do hoje, nunca fez tanto sentido a expressão “governo de salvação”. Os sujeitos políticos na rapina dos mundos e fundos (muitos fundos!) para se salvar do xilindró. É uma treta atrás da outra em claridão plena do dia. Só num bota olho de enxergamento aquele cego pior que nem não gosta mesmo de ver.
No agá do hoje, nunca fez tanto sentido a expressão “governo de salvação”. Os sujeitos políticos na rapina dos mundos e fundos (muitos fundos!) para se salvar do xilindró. É uma treta atrás da outra em claridão plena do dia. Só num bota olho de enxergamento aquele cego pior que nem não gosta mesmo de ver.
Havia vozes muitas que teimavam na
burreza ignóbil: “primeiro a gente tira a Dilma, depois...”.
Davia, feitas em massa de
manobra, essas vozes tropeçaram na sintaxe e parecem ter caído na confusão do ‘a
gente’ separado com o ‘agente’ junto.
Explico. É que ‘a gente’, assim
separado, acaba podendo muito pouco no institucional da política. Em eleição
definida pelo tamanho do financiamento da campanha, o parlamento não representa
‘a gente’. São os lambedores de beiços de sempre. No sim, cada sujeitoso
congressista é ‘agente’ do seu financiador. Não representa nada que não vire
enchimento de bolso.
A gente achava que era agente, mas era só
paciente. Primeiro a gente tirou a Dilma. Depois os agentes tiraram a gente do
jogo. A gente virou telespectador da história toda. A gente só marcha pé na
rua se o Bonner convocar. E lá vamos seguindo época no sem rumo do triste, rendidos
aos versos daquele caboclo que já não vale uma pena citar: A gente não sabemos
tomar conta da gente. Os agentes são eles. E a gente? A gente somos inútil.