quinta-feira, 3 de agosto de 2017

os agentes e a gente

por Cuca Linhares

Inútil. Aquele um pardieiro que nós muitos ainda chamamos de parlamento ofereceu no ontem mais uma ruinosa sessão do circo grotesco da política.

Em rede nacional, metade dos sujeitosos deputados desafinaram a voz na vergonha nenhuma para tirar da guilhotina o pescoço do rei nu. Temer foi salvo.

Vou dizer um trem: nesse um contexto das nenhumas esperanças, nem não foi dos piores resultados. Mas na rapidez desse ensaio achista, não boto ousadias de análise funda. Deixo a tarefa explicosa para um Nobre colega apontar seus Marcos. Nessa uma entrevista para a BBC, ele faz pintura brilhosa de cenários desdobrantes. Leiam na cuidosa atenção pois vale a pena toda no tim-tim por tim-tim.


Meu propósito aqui é menoscrito no óbvio. Botar claro no definitivo que a empreitada derrubosa da presidenta Dilma nunca teve nada a ver com luta contra a corrupção. Pois era exatamente o contrário.

No agá do hoje, nunca fez tanto sentido a expressão “governo de salvação”. Os sujeitos políticos na rapina dos mundos e fundos (muitos fundos!) para se salvar do xilindró. É uma treta atrás da outra em claridão plena do dia. Só num bota olho de enxergamento aquele cego pior que nem não gosta mesmo de ver.

Havia vozes muitas que teimavam na burreza ignóbil: “primeiro a gente tira a Dilma, depois...”.

Davia, feitas em massa de manobra, essas vozes tropeçaram na sintaxe e parecem ter caído na confusão do ‘a gente’ separado com o ‘agente’ junto.

Explico. É que ‘a gente’, assim separado, acaba podendo muito pouco no institucional da política. Em eleição definida pelo tamanho do financiamento da campanha, o parlamento não representa ‘a gente’. São os lambedores de beiços de sempre. No sim, cada sujeitoso congressista é ‘agente’ do seu financiador. Não representa nada que não vire enchimento de bolso.

A gente achava que era agente, mas era só paciente. Primeiro a gente tirou a Dilma. Depois os agentes tiraram a gente do jogo. A gente virou telespectador da história toda. A gente só marcha pé na rua se o Bonner convocar. E lá vamos seguindo época no sem rumo do triste, rendidos aos versos daquele caboclo que já não vale uma pena citar: A gente não sabemos tomar conta da gente. Os agentes são eles. E a gente? A gente somos inútil.

terça-feira, 18 de julho de 2017

justiça seja (re)feita

por Cuca Linhares

Em trem desgovernado. No assim, a cada passo de dia novo a gente se vê um cado mais atolado na desalentosa lama. Esse um país continua em caimento de abismo.

Todos sabemos que a nossa república nunca fez mesmo feitio de nossa e nem de república. Mas houve o tempo em que a gente viajava no devagar das algumas poucas conquistas; no trilho curvado da firmeza institucional. Dava ao menos pra acreditar no voto. No agá do hoje, as vidas das instituições todas seguem gritando dores da implosão rápida e sem hora de cura. O risco é o arrasamento de terra sem sobrar nada nem ninguém. Nem não tem um só poder ou poderoso em assento confortoso de salvação pra juntar os cacos.

Executivo e legislativo já têm fachada pichada e tudo quanto é vidraça no miúdo do estilhaço. Os caminhos da política passaram a ser desenho em lápis de juiz. Digam se não é esse o golpe maior de todos: a política pautada por uma turma de iluminados sem voto. Ainda vamos descobrir que o Judiciário é o poder mais fechado e antidemocrático de todos. E não menos corrupto.

Como se fosse pouco o todo de seus privilégios, os sujeitosos juízes fazem o que bem entendem e não ilustram o mínimo de compromisso com o país. E não tem um nada que os controle.

Vou ficar num só exemplo que se veste duplo.

O caboclo Moro condenou Lula por corrupção no caso do triplex. O saco de provas não tem lá muita força pra sustentar a convicção. A sentença fez morada na controvérsia. (Inda mais se a gente pousa olho em Brasilia e vê a quadrilha que tomou o poder de assalto tramando à luz do dia as tretas todas sem caneta de juiz pra assinar incômodo). Nenhum outro país que se chama decente coloca juiz que fala o tempo todo fora dos autos e pede ajuda da mídia pra julgar caso dessa toda importância. Mas assim foi. A condenação já tava desde o início desenhada no pauerpointe.

No óbvio, a defesa de Lula vai botar recurso na segunda instância. Aqui mora o nervo central de todo o destino político do Brasil. Lula continua no topo das intenções de voto. Mas não poderá se apresentar candidato se a segunda instância mantiver a convicção de Deltan e Moro. De conseguinte, os três caboclos da segunda instância têm na mão a mais importante decisão do quadro político atual.

Aí eu boto pergunta: que deveriam fazer esses três caboclos? E boto resposta: furar a fila para julgar o processo do Lula no mais curto dos prazos que se chama possível. Só no assim o país pode ganhar resposta rápida para organizar pensamento e ação. Davia, o tribunal regional federal é dono do tempo e senhor dos destinos. Vai levar um ano para julgar o caso. No meio desse cinza de nenhum enxergamento do futuro, a gente vai ficar deitado no imprevisível até a boca das eleições no ano que vem.

Justiça seja feita. Ou melhor, refeita talhada pra ser justa e dar um mínimo de segurança. Porque assim não dá.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

duas ilhas, um país, saída nenhuma

por Cuca Linhares

É bem no assim. Já completam uns três anos que deitei essa escrita: “país dividido e sem crítica é das piores lascaduras”. Pois cá estamos, atolados no mesmo sem jeito.

Nem o óbvio acha rumo de consenso. No agá do hoje, esse um nosso país é arquipélago de duas ilhas. Nem não tem ponte, grito ou fibra ótica que faça uma ilha se comunicar com a outra. Uma ilha leste vestiu amarelo para ajudar a dar o tombo na Dilma e logo recolheu seu moralismo junto com as panelas no armário. Os caboclos da ilha oeste fizeram esperneio contra o golpe, mas no agora, consumado o golpe, gritam mudos uns rechitéguis e assistem a tudo na poltrona da inação.

O cheiro podre exala em tudo que é canto, só que a tevê só mostra o conveniente. E nesse um nosso Brasil de elite pobre de espírito, não costuma ter movimento que não seja manejado no controle remoto da tevê.

Fato sem questão é que, desde que inventado o impítimam sem crime, o comando de um tudo foi entregue para os lambedores de beiços de sempre. Tudo empurrado em ladeira de piora. Agora tá todo mundo vendo a maré de lama subir e botar o pescoço das gentes todas no perigo do afundamento.

Economia levou tombo machucoso e não faz jeito de levantar. Só mesmo caboclo sentado na ignorância ou na má fé para achar que deitar no lixo a escolha do povo vai trazer alguma confiança de volta. A urna é coração e pulmão da democracia estável. Sem urna cheia de votos, não tem instituição que aguente vida.

O decorativo tornado oficial anda cambaleoso em corda bamba pra cair. Davia, na sala da política profissional, num salva um sujeitoso vestido em credibilidade para inspirar transição carregada no normal.

E no assim seguimos ilhados pelo inviável da conversa.

Vemos alegrosos um bocado de picareta em apuros (o caso do indigníssimo senador suspenso Aecio merece um texto à parte), mas nenhum sinal da mudança necessária.

A solução mais fácil era botar o povo. Num grande acordo nacional. Com petralha, coxinha, com tudo. Eleição geral e direta. Com resultado aceito por todos.

No seguinte, reforma política para reduzir os partidos a menos de uma dezena e limitação radical do dinheiro privado nas campanhas. Regulação da mídia porque não existe democracia plantada em cima de pensamento único invadindo cem por cento das casas. Aí a gente ajeitava de começar a refazer país.

Mas lamentoso eu sei que tudo isso é sonho. Brasil num é dado a essas coisas. Vamos decidir nas coxias. Somos o lugar da democracia sem povo. Até quando?

Vale uma cachaça e um torresmo pra quem criar jeito de sair dessa sinuca de bico.

terça-feira, 23 de maio de 2017

sobre a volta e mais nada

Assim é. Já conta tempo que cutuco meus parceiros pensabundos a registrar achismos talhados no recente. Não fizeram ânimo. Andam enxergando esse um mundo na lente suja do desalento. Pudera. Ano que passou foi de boca encurvada pra baixo na tristeza da pura. Só assunto ruim não querendo virar letras. Política pequena deitando estragos grandes.

Mas cá sento resistência, pois se não é a palavra pra repisar esse caos e essa lama, as gentes acabam afundando pé na desalegria.

Estamos de volta nessa nuvem cinza que é presente. O amanhã é sol ou trovoada. Depois de amanhã, haja vento que resolva em brisa, pois há gente muita que precisa.

terça-feira, 17 de maio de 2016

nada está tão ruim...

por Celso Fernandes Ribeiro

Quedou mesmo na rasteira. O governo tombou afastado em golpe dado pelos próprios sócios de outrora. Na feiura da traição toda feito facada nas costas, o senado mandou a comandanta Dilma para casa até que sejam julgadas suas pedaladas.

Seria ladainha rezada no inútil repetir que o petê não tá pagando muito mais caro que a fatura plantada. Em doze anos no nome da tal governabilidade, o partido dos trabalhadores admitiu aceitoso um bocado das sujas barbaridades. Nessa uma toada de alianças, foi entregando anel por anel até que perdeu foi tudo que é juízo e dignidade junto com os dedos. Gente que se fia em Sarney vai mesmo acabar desenfiada por Cunha e Temer.

Bom, estamos combinados então que o petê, embaçado no deslumbre das vacas gordas e do vento em popa da era Lula, não fez o que devia ter feito nas searas da reforma política, da coragem econômica e meia dúzia de outras tarefas que poderiam ter levado esse um país do século dezenove ao vinte e um.

Davia, vamos cá combinar também que estar só e mal acompanhado não é bastante razão para que um governante mereça impedimento sem crime escancarado na evidência. Dilma foi eleita no voto limpo e caiu agora tão simplesmente pela perda de apoio no parlamento e na sociedade, tomados todos pelo antipetismo ensinado no dia a dia de tevês e jornalões. As tais pedaladas foram o pretexto achado para dar jeito de macular mulher vestida na seriedade.

O certo seria no assim: governo ruim a gente xinga, esperneia e aguenta quatro anos para tentar um melhor. Caso contrário, não resta regra de democracia para fazer respeito. Vira bagunça da pura.

No lamento dos infelizmentes, assim foi. O golpe parlamentar e midiático alçou o sujeitoso Temer ao poder máximo. Mal sabe ele que o golpe não foi mais que o primeiro passo calçado no insuficiente. Digo o passo menos difícil até. O presidente golpista vai ter que cavar sua legitimidade em terreno que margeia o impossível. Pesquisas já mostraram que sua rejeição é gigantosa. Ninguém sentado no bom senso vai reconhecer governo sem voto.

O presidente interino já assumiu cometendo patetadas. Rodeado pelos palacianos todos homens e todos brancos, fez um discurso medíocre e monótono clamando a comunhão nacional. Com seu lema “ordem e progresso”, fez logo mostra que o objetivo é fincar pé no século dezenove.

Como se não bastasse a cantilena esperada para agradar os deuses dos mercados e os lambedores de beiços de sempre, tascou inspirado uma frase de parachoque de caminhão: “Não fale em crise. Trabalhe”. Disse até que pretende levantar a confiança do país espalhando milhares de outdoors com essa frase.
Não falar pode mesmo compor um bom mote de um governo sem legitimidade. Vai que pega cola. Um convite para fazer da vida um exercício cego de fé e silêncio.

Não fale na crise. Logo, ela não existe.

Não fale na corrupção. Logo, ela não existe.

Não podia ser mais genial como estratégia desse naipe governo, não fosse o óbvio de que não vai dar certo. Não bastou mais que um dia útil de governo para que Temer conseguisse decepcionar até mesmo quem não esperava nada.

Resta claro que um lema mais apropriado ao arremedo de governo instalado à revelia do voto poderia ser: Nada está tão ruim que não possa piorar bastante.

terça-feira, 26 de abril de 2016

dia seguinte

Cuca Linhares

No enfim. Cá tomo volta depois de longo assento silenciado dessas letras. É que caminhar nas sombras do momento político pede apuro de olhos e ouvidos. No recente do tempo, gritar nas ruas e praças fez mais importância que essa minha conversa fiada de pensabundo.

Vê se não. Lá se vai uma boa centena e meia de dias e o disco não vira. De todo um jeito só querem mesmo é varrer o petê. Tudo que é indignoso grito ecoado em jornalões e tevês continuam cabendo num só partido político.

Resta claro que o petê ainda deve seu mea culpa pelos amasios todos com os lambedores de beiços de sempre. Feito em feira, vendeu nossos votos e uma dúzia de almas pro peemedebê, nos preços menores a cada xepa de mandato. Faltou a exercitosa autocrítica. Vendeu na baixa e agora paga caro.

Davia, isso não torce pelo menos três realidades. Uma, que o avanço civilizatório do país sob o petê é inegável. Outra, que esse um povo depositou escolha na continuidade do petismo no comando da máquina executiva. Apesar dos pesares todos, Dilma se revelou preferida por um mundo de povo cabreiro com as alternativas postas no ano catorze. E no terceiro, fato de que não pesa sobre a presidenta nem nenhumas desconfiosas acusações.

E se assim foi como foi, só cabe na regra que a chefa Dilma ganhou mais quatro anos pra mostrar serviço, a menos que se caia enrolosa em crime de responsabilidade sem morada na dúvida.

Mas já nem não querem saber. Os pastores da república rezam em livro que não é a constituição. Ensaiam seu golpe ao arrepio de regras. Na cumeeira da tragicomédia, a câmara virou igreja para aceitar impítiman sem pecado. Agora cabe ao senado montar o juízo final da coisa feia toda. Mas será mesmo esse juízo o final da novela e todos felizes para sempre?

Vamos então supor que a tese sem fundo da pedalada encontre morada também no senado federal. Vai que a Dilma tombe mesmo na rasteira baixa. E depois, nasce o sol do dia seguinte? Haverá aguardo de luz alguma e travessia firme em ponte pro futuro? Pois cá estes meus olhos que veem se veem perdidos na ceguice do breu.

Dizem uns que a mudança do governo gera choque de confiança sobre a economia. Sendo desenvolvimento tarefa de longo prazo, fico cá pensando que naipe de sujeito com dinheiro no bolso vai topar investimento grande se a turma no poder nem não respeita o calendário da democracia.

No registro da coisa curiosa, após o culto ecumênico de domingo 17 de abril, aquela tal lava jato e seu um juiz salvador da pátria desceu súbito das manchetes. Enquanto isso, a corte suprema deixa Seu Cunha desincomodado na chefia encomendosa do golpe e sem aguardo do julgamento de seus muitos crimes. Tribunal misericordioso.  De um fato, quando quer, um juiz é capaz de julgar na fração do segundo. Mas quando calha, faz de assento seus processos. 

Panelas silentes.

Cá estes meus olhos só alcançam barulhosas trevas.

Governo sem voto tomado de assalto sem agenda nem compromisso com o povo. Aprendi com o mestre o que meto nas aspas: “O avanço político, que é o mais difícil e importante de todos que logra o homem, faz-se aprendendo a administrar conflitos. Daí que só as sociedades democráticas o realizem com segurança.” Democracia sem povo é a bagunça desfilando namorosa na mão dada com o dia seguinte. Pura entropia sem o nenhum sentido.

Brasil tem mesmo essa uma mania histórica de consertar falha na política reduzindo a taxa de povo no processo. Típico de país que não  desacostumou  a ter donos. Pois tarefa de democracia dá trabalho. Não seria hora de proclamar a república?

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Delcídio e a ladroagem dos outros

por Cuca Linhares

Nem não tem porém. Por mais ilegal que fosse, prisão desse um caboclo Delcídio foi bom e pouco. Na botija do crime feioso, arrastou junto ao xilindró um banqueiro parrudo das altas engomagens. Não dá pra não achar que é coisa legal, mas muito. Legal demais da conta ver esse naipe de bandido no sem jeito.

Todo um mundo sabe das minhas esquerdices e do meu engaste firmoso no envolvimento para eleger esse e outros governos do petê. Isso não significa, davia, uma adesão acrítica, principalmente nesse desgoverno atual que prometeu o que não fez e se enrolou pelo que não prometeu na iludida esperança de agradar o inimigo.

Então vamos no estabelecer das verdades algumas: - o governo é, na regra, fraco e incompetente; - a presidenta se mostra inepta, o que não taca um triz sobre a retidão de sua honestice; - petê é partido que sucumbiu feito a regra nas tretas não republicanas; - na exceção do Genoíno, não vi nenhum petista preso sem motivo nesses últimos tempos de cruzada antipetista.

Voltemos então ao fio desse novelo do senador preso anteontem. Em conversa telefônica gravada, o cabra fala de deus e o mundo. Cita as mais eminentes personagens da república sem pisar no nenhum constrangimento. Bota na clareza toda o fato de que o esquemão todo da lava jato remonta a tempos muito idos para lá atrás de dois mil e três.

Ele mesmo, o sujeitoso Delcidio, foi alçado a diretor mutretoso da Petrobras na época fernandista. Davia, a contar dos tratamentos recentes da mídia e do Judiciário, tudo leva a crer que Delcídio era caboclo sentado na poltrona limpa da honradez até que assinou a corruptora filiação partidária ao petê. Aprendeu a roubar com os petistas, estes sim ladrões por princípio desde o princípio.

Mas aí vem a turma indignosa achando ruim quando a gente reclama que só petista roda e dança nesse circo de horrores que se transformou a república brasileira. No brado retumbante dessa turma, aparece afirmação escrita no óbvio: o fato de que tucano rouba mais e há mais tempo e sem sofrer grande incômodo da mídia ou do Judiciário não justifica as tretas do petê. Bandido é bom preso no longe do convívio social, independente de sua ideologia ou filiação partidária. Claro que não justifica.

Não podemos, davia, simplesmente aquiescer satisfeitos com essa obsessão antipetista. Não é por aí que vai nossa reclamação quanto à indignação seletiva e à paz vivida pelos cunhas e aecios e renans e outros oposicionistas e governistas de crimes conhecidos. Não é para justificar as imperdoáveis barbaridades dos assaltantes petistas aos cofres públicos. Mas para esclarecer um ponto crucial à sociedade que está quase acreditando que todo petista é bandido e que só petista é bandido.

Nessa toada, ao não investigar e punir os crimes dos criminosos de outros partidos, mídia e Judiciário transmitem essa visão desenhada no antipetismo e não apontam para a necessidade de refundar instituições da república que moram na raiz da corrupção toda. Reforma política de verdade é tarefa urgente se queremos ajustar pro futuro um jeito mais republicano de fazer a política.

Mas do jeito que a coisa é feita e mostrada no bombardeio das manchetes, faz muita a gente acreditar que basta tirar o petê do poder que fica tudo certo. Os santos lambedores de beiços de sempre voltarão a mamar sem incômodo.